Qual o tratamento para aborto de repetição ou recorrente?
Uma dúvida de praticamente 100% das mulheres que passaram por essa experiência dolorosa, não uma, mas duas ou três vezes.
Os sentimentos após um abortamento não são fáceis de se lidar, principalmente quando existe grande expectativa da mulher ou do casal de ter filhos.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o aborto é definido como a interrupção da gestação antes da 20ª semana, com feto pesando menos de 500 gramas. A perda gestacional ocorre em até 20% das gestações.
Entretanto, no caso do aborto de repetição, a situação necessita de atenção e da avaliação de um especialista.
Em 60% dos casos, as causas estão relacionadas a alterações genéticas do embrião, como a gestação anembrionada, principalmente se existe o fator idade avançada da mulher envolvido.
Os outros 40% são divididos em 20% de causas não identificadas e 20% estão relacionados a alterações na anatomia do útero, trombofilias, distúrbios da tireoide, DSTs e uso de drogas ilícitas, por exemplo.
Quando a paciente faz o acompanhamento com um ginecologista especialista em reprodução humana assistida, é natural que ele solicite exames específicos para uma investigação mais profunda.
De acordo com o histórico médico da paciente, exames como ultrassom transvaginal, histeroscopia, cariótipo de banda B, mutação do fator V de Leiden, antitrombina e outros podem ser solicitados.
Nos casos de alterações genéticas, é possível realizar a Fertilização in vitro (FIV) com estudo genético pré-implantacional para selecionar os embriões saudáveis.
É importante que as causas sejam identificadas para que o médico defina a melhor conduta para o sucesso da próxima gestação, o que ocorre em até 70% dos casos.
Dúvidas? Envie um WhatsApp 11 96330-0460.
Prof. Dr. Thomas Miklos
CRM 86811
Reprodução Humana Assistida
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